segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Devaneios devastados




redes neuróticas
construidas células citóticas
caminham assoladas , ondas eletroestáticas
estética ditatorial, notícias invasoras

vassouras voadoras
carregam pontes de passagem
na paisagem que se forma
e transfigura a figura deformada

do espaço vazio
em um esvaziar pleno
de um não pensar
brotando o SER

terça-feira, 24 de novembro de 2009

presa sem temer



menina mulher,
forte sensível,
doce arisca,
se arrisca, tem medo,

me quer,não quer?
eu quero,venero,
desejo,beijo,
sinto teu cheiro, teu gosto,

quero tudo, mudo
quero de novo, renovo
em uma fração atemporal
fazer amor, sumir a dor

flor, bela espinhuda,
me sacia com beleza,
arranha com espinho
no teu beijo, um ninho

sem pressa, presa sem temor,
sem cobrar,
nem tirar nem por,
por só sermos nós

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

onde começa o vazio...




nem sempre sei que não sei,
as vezes acredito profundamente
em certezas com clareza,
então vem a vida voluntariamente transformar

o que acredito em surpresa
virando minha cabeça
para todos os lados, para cima e para baixo,
botando crenças abaixo

me sobram as dúvidas,
dividas de um pensamento cartesiano,
quero ser mais holístico, menos prolixo
sair do lixo e aceitar o que não posso mudar

posso ver, posso ser, quero ser integral
sem bem, nem mal
simplesmente vazio e
completamente cheio...